VIGILANCE STATE

Quando olho para o mar de estrelas é como se o tempo não existisse mais.

O tempo é insignificante no ato de comtemplar o infinito. Aprimoro e exercito a leitura dos sentimentos para chegar onde os olhos não conseguem alcançar. Não acredito em tudo o que dizem ou é mostrado numa sociedade onde a mentira e a falsidade é matéria-prima para tirar vantagens e manter privilégios. Os valores truncados e defendidos pela coletividade inconsciente tentam soterrar o direito de ser você mesmo e assumir sua própria identidade.

Observo o espaço imensurável e uma sensação indescritível se apodera em meu ser. No tempo de vida que temos, somos atacados de todos os lados para retirar as chances de tomar lucidez da interna realidade.

O esquema social tirânico sustentado pelas influências dos poderes empresariais apresenta uma vida marcada pela superficialidade em nossas relações como um todo. O florescimento de pessoas que não abrem mão de sua própria consciência para ter conforto material está acontecendo como nunca tinha ocorrido antes. São exceções à regra que estão, agora, espalhados por muitos lugares como luzes que brilham na imensidão de seres exercendo os consistentes condicionamentos do sistema social.

A intenção é ofuscar, por meio de avançadas tecnologias, a percepção real dos fatos e manter a ignorância e a desinformação para perpetuar o controle mental dos mais fortes sobre os mais fracos.

Diante de tantas dúvidas e incertezas, vejo a possibilidade de adentrar no universo de mundos desconhecidos e explorar o interior dos átomos soltos e vagantes, atravessando as incontáveis galáxias recheadas de estrelas e sóis maiores que o nosso. Uma profunda experiência de autopercebimento do mundo que somos precisa ser feita e refeita. Só assim, não vamos nos perder de vista.

Em tempos incertos e obscuros, faz-se necessário manter um estado de vigilância permanente. Diante de tantas atividades diárias que nos distrai, considere aquelas que nos ajudam a ficar atentos aos movimentos da vida.

Andamos no redemoinho do tempo para tirar proveito do espaço que ocupamos. Ansiosos e insatisfeitos na busca do que fazer, perdemos de vista as raízes do próprio ser.

Perdidos nas teias ilusórias do modismo atuante, ficamos de corpo e alma envolvidos sem saber o que fazer. É como se tudo perdesse a graça, e de repente, você se vê como nunca tinha-se visto antes. Não perca a oportunidade do ato de se observar, pois ela fala de mim e de você.