domingo, 17 de março de 2019

NA TRILHA DO PARTO

Cuspir no prato que se come é arranjar tempo e nome para murmurar os presentes da vida sem ao menos perceber a beleza recebida dos trabalhos empenhados por alguém que plantou para colher

Há mais dor nos que não aprenderam a viver de calo dos que calejam no duro labor sem se importar com o calor. Aonde vão parar os filhos do coitado lavrador que sempre sonhou ter um filho doutor

Na fatigada agonia, peleja de noite e de dia sair dos lugares que já passou no ímpeto de ir além do lugar onde morou.

Superando os conflitos, dando passos em curvas perigosas e sinuosas, vai nas asas do tempo procurando o exato momento do novo nascimento que tem que acontecer.

Quem pariu Mateus que o embale, diz o velho ditado. Pai e mãe que rejeita filho sofrem o assombro do contínuo pecado que lhes assombra

Queira um dia no ventre da vida todos nascerem de novo para esculpir na própria história um novo tempo de esperança e entranhada alegria.

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