sábado, 27 de abril de 2019

CULTURA E CRIMINALIDADE

    A história brasileira contada através da literatura de cordel, questionando os valores sociais e procurando identificar as causas reais de tanta criminalidade e miséria com uma breve retrospectiva do processo de colonização e escravização dos habitantes nativos. E a subalternidade pode ser vista em vários lugares do país. A cultura estrangeira ganhou espaços de alto escalão e destaque, colocando as empresas nacionais de escanteio. A infiltração dos poderes econômicos no mercado nacional sabotou e subalternizou toda a população para atender e defender aos interesses de grandes corporações multinacionais. Ainda é possível encontrar nas periferias jóias raras de se ver, uma delas está aí embaixo, nesse trabalho de duas alunas do 2º ano do Ensino Médio, na Escola Estadual Alfredo Gaspar de Mendonça em Maceió - Al, situado no conjunto Eustáquio Gomes 1. Fiquei até surpreso com um material tão reflexivo vindo de uma escola pública. Esse é o verdadeiro papel da arte: contestar e fazer refletir.


CRIMINALIDADE CULTURAL

Será que a desigualdade social é a causa principal de tamanha criminalidade?
Qual será o motivo de verdade ?
Primeiramente a classe alva dominava enquanto a inferior era explorada,
pela assinatura de uma princesa foi libertada,
libertação documentada,
pois para a classe desesperada a vida dura continuava.


Uma liberdade disfarçada,
sem ajuda e entregue a mágoa, tendo uma vida desamparada. 
Sem emprego, sem formação,
sem nenhum pedacinho de chão.
Daí é aquilo que você já sabe:
é difícil o cabra liso viver numa sociedade.


De uma lado os meninos querendo um prato,
e de outro o cidadão sem nenhum tostão furado.
Sem nenhum caminho à vista,
a vida "tronxa" é a melhor saída.
Uma vida fácil pra viver,
e fácil pra morrer.


E o povo é quem paga o pato,
com bandidos por todos os lados,
metendo bronca, metendo assalto,
e espalhando drama pra tudo que é lado.


Mas nem tudo sai como querem, pois imprevistos acontecem:
Certo dia fazendo seu trabalho, o assaltante foi revelado
por um amigo que ali passava por acaso,
rapidamente raciocinou,
e para não deixar rastro, o gatilho disparou,
a 38 apitou e o barulho então soou.


E assim trouxe frustração
a quem não merecia tal situação,
acumulando dor, vingança e decepção.


Mas caba vem cá um instante, e pense por favor,
será que a culpa é da arma ou do atirador ?
Afinal, armas não matam pessoas, pessoas matam pessoas!
Porém, se seu uso fosse mais restrito ao profissional,
dificultaria a ação criminal.


O povo inconformado,
botou o caçador do seu lado,
e para o xilindró foi levado,
pelo capa preta foi condenado,
e por uma légua de tempo foi aprisionado,
pois uma morte, não se supera tão fácil.


O castigo lhe foi dado,
talvez até menos que o esperado.
Mas quem será o culpado,
desse constante descaso?


Vários têm parcela de culpa em tal fato:
Governantes?
Sociedade?
Falta de oportunidades?


Afinal de contas,
desde o princípio,
a tamanha desigualdade.
E falando nisso,
um próprio alagoano citou:
Graciliano Ramos, uma beleza de autor.


Por conta de sua vida e de tudo que passou,
em seu livro São Bernardo falou:
- A culpa é dessa vida agreste,
que me trouxe uma alma agreste.


Autoria: Júlia Amorim e Larisa Oliveira.
Ilustração: Elisama Freitas.

quinta-feira, 25 de abril de 2019

O Século do Ego - Ep.1 de 4 - Máquinas da Felicidade (LEGENDADO)




THE CENTURY OF THE SELF - O Século do Ego (Legendado)

Um documentário que procura esclarecer o modo de operação de mega corporações mundiais usando a técnica da psicologia do inconsciente (de Sigmund Freud) para induzir as massas ao consumo. O século do Ego, expõe a mais pura realidade sobre a criação de mentalidades de superfície. A formação de valores como: Consumo desnecessário, competição, conforto material, dogmas religiosos, títulos e nomeações, etc. São um conjunto de informações incutidas nas pessoas para fazê-las se comportarem dentro da cultura da "normalidade", dos condicionamentos e padrões sociais pré-determinados. Essa é apenas a primeira parte do filme de 4 episódios, chamado Máquinas da Felicidade.

domingo, 21 de abril de 2019


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POEMA: À PROCURA DA FELICIDADE
(The pursuit of happiness)

Expresso nas minhas vivências
Condutas de contentamento e satisfação


Sem estar preocupado se depois vou cair numa triste depressão. Não vivo na cina de ser feliz no pleno sentido da palavra porque sei que não passa de um mero conto de fadas. Neste mundo afogado em impiedosas torturas, desnuda-se o cenário impetuoso da vibrante loucura que é ver a alienação coletiva em busca da tão sonhada felicidade que todo mundo procura.

Observe do que é feita a vida. Se tens um olhar atento verás com grande espanto e descontentamento que nesse instante a tua vida é feita de escolhas e momentos. Há momentos de dor e alegria,  prazer e fantasia, onde faz todos pensarem o que jamais se pensaria. No terreno das inconstâncias é perceptível a ousadia daqueles manobradores da ilusória propaganda que convence a maioria a permanecer num estado mental de completa cegueira e desarmonia.

Não falo isso para os pretenciosos de plantão, cheios de orgulho e vaidades, mas para gente sem pretenção de querer mudar o mundo para não cair na eterna ilusão. Só ligo este pensamento a quem quer ir mais além da condicionada razão.

quarta-feira, 17 de abril de 2019

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PERDIDOS NO ESPAÇO (LOST IN SPACE)

Sou uma simples criança encantada com o desconhecido
procurando a arte sem medidas feita com empenho e sem temor
Só garimpo palavras no intuito de construir formas de pensar
Capazes de alcançar o mais alto questionamento para melhor interpretar

No meio de tanto cascalho acabo encontrando pérolas
No meio de tanto cão sem dono percebo o triste abandono
de quem se perdeu de si mesmo e ainda não se achou
Vive mendigando carinho e um príncipe consolador

Almas inquietas perambulando pelas praças e esquinas das ruas
Sofrem a sofrida solidão e o apego acentuado sem explicação
Vivem como gado na dimensão dos insanos matadouros
Percorrem o mundo pisoteado pelos homens sem piedade que para elas é sua única e última realidade

Encurralados nas paredes dos muros da grande separação
O ser humano não consegue vê um palmo diante de sua mão
Vagalumes existem para nos fazer lembrar o brilho intenso de nossas raízes
Veio as alienações do mundo externo e tudo se apagou.

Olhe mais para as estrelas e o profundo sentimento nascerá
E uma tomada de consciência haverás de ganhar
O que vim fazer aqui e em que direção eu devo caminhar?
A resposta só pode estar aí dentro de você e não em outro lugar.



domingo, 14 de abril de 2019

No mundo de hoje, mais que em qualquer época anterior, os valores da paz, da não-violência, da justiça e da igualdade de direitos inspiram grande parte dos seres humanos. Ainda que a violência, a guerra, a injustiça e a desigualdade persistam, elas são cada vez menos vistas como a ordem natural das coisas, e cada vez mais denunciadas como violações de diretos fundamentais dos indivíduos. Entretanto, os seres humanos clamam pela não-violência, pela paz, solidariedade e direitos dos menos favorecidos, sem se darem conta de sua contribuição para a persistência desses males.
Gandhi ensinou que “devemos ser a mudança que queremos ver no mundo”. Não se pode pedir por não-violência, paz e justiça, e, ao mesmo tempo, promover a violência e a injustiça. Uma das formas mais graves e generalizadas de violência e injustiça é aquela à qual submetemos os animais não-humanos. Nesse sentido, não se pode falar em transformações positivas reais sem falar em veganismo.
O veganismo é uma filosofia, uma concepção ética e um modo de vida, pautados sobre o fundamento dos direitos animais, ou seja, o reconhecimento de que os animais, sendo seres sencientes, devem ser incluídos em nossa comunidade moral e ter seus interesses respeitados.
São interesses dos animais:
  • a continuidade de sua própria vida;
  • a liberdade e autonomia para buscar os meios para sua sobrevivência e seu bem-estar; e,
  • não serem utilizados como recursos ou meios para fins humanos, tendo sua existência propósito em si mesma.
A todos esses interesses correspondem direitos, os quais são violados quando animais são submetidos à exploração e à condição de propriedade. O respeito aos direitos animais somente ocorrerá com o fim de sua apropriação e exploração. Por isso, o veganismo propõe a abolição do consumo de todos os produtos e atividades que implicam exploração animal:
  • alimentação: consumo de carne de quaisquer animais, vertebrados ou invertebrados, ovos, leite, gelatina, mel, cochonilha, etc.;
  • vestuário: uso de couro e outras peles, lã, penas, plumas, seda, etc.;
  • entretenimento: zoológicos e aquários, circos com animais, rodeios, touradas, corridas de animais, feiras e exposições de animais, rinhas, vaquejadas, farras-do-boi, cavalgadas, esportes que utilizam animais, etc.;
  • trabalho animal: tração e transporte, cão-guia, cão farejador, cão policial, cão segurança, etc.;
  • experimentação animal: procedimentos científicos ou didáticos, testes de segurança ou de qualidade de produtos diversos;
  • caça e pesca;
  • comércio de animais domésticos, exóticos ou silvestres;
  • utilização de animais em rituais religiosos;
  • outras formas de exploração animal.
Nos sistemas e estilos de vida hoje predominantes ocorre um favorecimento das espécies animais com as quais as pessoas se identificam, havendo rejeição, indiferença ou desprezo pelas espécies com as quais não ocorre essa identificação. Dessa forma, atribui-se valor à vida animal de acordo com preferências pessoais. Se se gosta de cães, chimpanzés e mamíferos marinhos, então suas vidas têm algum reconhecimento; se, vacas, galinhas e porcos são animais que não geram empatia, sua submissão ao jugo humano é tida como legítima, assim como os benefícios advindos de sua exploração.
Chamamos especismo a discriminação contra espécie, tão arbitrária e irracional quanto o racismo e o sexismo, entre outras. O veganismo é a única forma coerente de combate ao especismo.
Assim como a sociedade não tolera o racismo e o sexismo, nossa luta é para que ela também não tolere o especismo. O veganismo, ao tratar do respeito aos direitos de seres sensíveis e conscientes, afirma que sua adoção não deve ser vista como questão de opção pessoal, mas de obrigação moral.
Cada organismo animal é um indivíduo, e como indivíduo tem seus direitos. Seu valor independe da espécie à qual ele pertence, se rara ou abundante, útil para algum propósito humano, ou não. Sua existência possui valor em igual medida e se justifica por si mesma.
O veganismo deve ser amplamente praticado e jamais vinculado a outras filosofias, ideias e crenças que não sejam a dos direitos animais. Ele não deve ser um modo de vida restrito a uma pequena parcela da população ou identificada com uma certa “tribo”. Manter o veganismo atrelado a outras práticas e ideias é condená-lo a permanecer em um círculo restrito de pessoas.
Ainda que o veganismo dependa da iniciativa de cada indivíduo, apenas a sua prática por toda a humanidade irá assegurar que os animais tenham seus direitos respeitados. Ademais, como em toda grande mudança, a transição para esse modo de vida não é algo que se faça sozinho. O indivíduo que realiza essa escolha, em geral busca o auxílio de outras pessoas ou informações que já estejam disponíveis. Nesse sentido, se pode entender a necessidade da existência de pessoas que estejam dispostas a compartilhar suas experiências, divulgar o veganismo e disponibilizar informações que sejam confiáveis.
O trabalho de divulgação do veganismo, do vegetarianismo e dos direitos animais consiste em esclarecer sobre esse princípio e modo de vida, notadamente o que se refere à nutrição, à dieta vegetariana e à abolição da exploração animal. A Sociedade Vegana promoverá o veganismo com base em informações confiáveis e bem fundamentadas, de modo a desfazer mitos, informações pseudocientíficas e falsificações históricas.
Os direitos animais são a base do veganismo. Não é possível falar em um, sem citar o outro. Os demais tópicos, como nutrição, benefícios à saúde e questões sócio-ambientais, são assuntos subsidiários que contribuem para sustentar e argumentar em favor do veganismo.
Qualquer indivíduo ou organização que se proponha a falar em direitos animais deve fazê-lo tomando como base apenas os interesses fundamentais desses animais. Não é aceitável que se busque simplesmente regulamentar, disciplinar ou justificar a exploração animal. Isso não atende aos interesses dos animais e certamente não pode ser sustentado por uma pessoa que adote o veganismo.
Da mesma forma, é importante que esclarecimentos sejam feitos com relação ao vegetarianismo: não é uma filosofia, nem um modo de vida. O vegetarianismo é exclusivamente uma corrente dietética que exclui da alimentação os ingredientes de origem animal, mesmo que sejam subprodutos e derivados que não resultaram diretamente na morte imediata do animal. Pessoas que consomem peixes, ovos, leite, mel ou outros produtos de origem animal não são genuinamente vegetarianas.
Entende-se que o abandono repentino de todos os produtos de origem animal da dieta não seja uma prática comum e que a maior parte dos vegetarianos atravesse um período de transição, no qual alguns itens são abandonados, enquanto outros permanecem. No entanto, sabe-se que nem todos os que abandonam alguns produtos de origem animal se tornarão vegetarianos, podendo mesmo aumentar o consumo dos produtos de origem animal que permaneceram na dieta. Dessa forma, esses hábitos alimentares híbridos podem representar até mesmo um incremento na exploração animal.
Do mesmo modo, pode-se enganar a si mesmo crendo que o consumo de produtos de origem animal obtidos de forma considerada mais aceitável, “ética” ou “humanitária” não apresenta problemas; pode-se querer defender que assim está-se levando uma vida compatível com o bem-estar desses animais. Procedendo dessa maneira, não se contribui para o bem-estar animal, apenas se promove sua exploração, tornando-a mais aceitável aos olhos do grande público. A única forma de consumo verdadeiramente consciente e ético é a que não inclui produtos de origem animal.
O veganismo e os direitos animais podem ser consistentemente defendidos tendo como base a ética, a razão pura e argumentos cientificamente fundamentados. Sua difusão deve ser feita através de uma educação capaz de estimular o rompimento de paradigmas, com mensagens claras e objetivas. Eis o principal propósito da Sociedade Vegana.
14 de março de 2010, data de fundação da Sociedade Vegana, uma sociedade de caráter pacifista e não-violento, criada fundamentalmente para divulgação dos direitos animais e do modo de vida vegano.
Sociedade Vegana


http://sociedadevegana.org/textos-fundamentais/direitos-animais/


quinta-feira, 11 de abril de 2019

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SENSIBILIDADES AFLORADAS

Percebo no estado de ânsia
de ver-me livre de todo preconceito e arrogância
Despir-se da tremenda e petulante pretenção da altivez
Tornou-se para mim uma tarefa de relevante importância e sensatez

Considero meus encontros comigo mesmo
A chave para entender a miragem que me tornei
Debruçado em mares alagados de nãos e talvez
Deparo-me no meu interior as frequentes dúvidas no impiedoso mundo que ABRACEI

Envolvido por glândulas e tecidos nervosos que nos fazem esquecer
Condicionado pela ditadura da bela ilusão comandada pela razão
Fui induzido a cometer atos sem ao menos prestar atenção
No final das contas carrego o fardo de notar que isso tudo não passa de uma imperiosa armação

Quero ser livre daquilo que não sou
Queira ser livre do que não é você
Submersos no oceano das ignorâncias
Já não é possível enxergar um mundo cheio de inconstâncias?
E o que você comeu ou fez a 20 dias não fica nem na lembrança.

sábado, 6 de abril de 2019



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O QUE HÁ DE ERRADO COM A LIBERDADE?

O que nos torna desconhecedores de si mesmo?
O que nos torna estranhos mesmo vivendo
Juntos dentro de uma sala durante anos?
Sabemos lidar com a técnica e a ciência, mas
Somos inexperientes e desatentos em resolver os conflitos da existência

Conhecedores do mundo de fora, mas não enxergamos o universo de dentro
Tenho levado uma vida terrena
Tenho trabalhado a vida pequena
Quem aprimora sua CONSCIÊNCIA
Não lhe faltará a necessária paciência

Por onde andei, não desejo a nenhum mortal
Aquela velha intrepidez que me levou a cega embriaguez
Falhas por cima de falhas
Movido pela impetuosa emoção que não anda de mãos dadas com a verdade

Percebi nessa estranha capacidade
A articulosa contrariedade que me pôs na estúpida amizade com a falsa liberdade

Acondicionados pela sabotagem exterior, vivemos cegos e cativos na dimensão interior
Em profunda ressonância com a perfeita maestria individual, o meu coração se enche agora da serena harmonia universal.

Olhando para além do que é mostrado, percebe-se o que está no centro de importância
Segue em sua petulante arrogância
O valor social embutido no produto comercial

Movidos pelas mídias entorpecentes cerebrais
É grande e até sobrenatural
A ganância envolvendo a todos com um poder descomunal

Em países "democráticos"
Usa-se a sugestão e a propaganda
Armas de convencimento coletivo para induzir ao consumo
E com essa lamentável constatação
Chegamos a lúcida compreensão

Ninguém é livre para viver sem as amarras da pretensão
Em um meio social que fomenta a ignorância e a desinformação
Não é permitido se desenvolver como ser humano.





  ALÉM DO HORIZONTE E todos disseram que além do horizonte há um mundo tranqüilo que todos esperam um dia encontrar.   E todos falaram canta...