domingo, 11 de abril de 2021

O DILEMA DA EXISTÊNCIA HUMANA


    Uma animação que aborda e propõem uma reflexão acerca da comunicação e troca humana nos tempos de modernidade líquida. A comunicação massificada, o uso e abuso das tecnologias móveis e apego e aprisionamento às mídias sociais e matérias produzidas pela Internet de forma geral.
     O olhar de uma criança que não consegue se conectar, comunicar, vincular, trocar com os outros pois estes estão presos à aparelhos celulares e mídias - enxergam o mundo a partir do filtro virtual. Não é um vídeo contra a tecnologia, mas que contém uma série de imagens que fazem você pensar sobre o quanto a nossa sociedade está dependente do smartphone.
     A tecnologia não deve ser demonizada porque pode ser útil para muita coisa, porque representa um recurso indispensável em diferentes áreas de trabalho e é um apoio prático na nossa vida cotidiana. Os problemas surgem quando o uso de smartphones e outras ferramentas tecnológicas nos leva ao afastamento da vida real, da comunicação real, olho no olho, e nos aliena em vez de nos ajudar a nos comunicar melhor uns com outros.
A música de Gary Jules, cantor e compositor norte-americano, basicamente tem o sentimento e o olhar de uma pessoa que se deu conta que foi arremessada no mundo e que reconhece que sua existência não tem nenhum sentido. Esta angústia faz com que o interlocutor busque o seu lugar no mundo, porém ele sabe que está sozinho e que nada poderá fazer com que as coisas mudem, pois este é um caminho que não tem volta.
     Quando você descobre a solidão e o insignificado da vida, não há mais como se enganar com falsas promessas ou falsas ilusões. Sendo assim, existir não é mais do que um grande gracejo da vida. No meio de tanta ironia, suportar tantas mentiras e sobreviver é mais do que uma vitória.
     Toda alegria e toda a tristeza de uma pessoa que está acorrentada dentro do sistema são falsas: não há alegria e nem tristeza autêntica, porém isto mesmo seus rostos são sem expressões verdadeiras. A dor fará com que questionemos a vida. Este é uma das grandes questões existencialistas: Se a vida é dor, porque continuamos a viver? Não seria mais fácil dar um basta em tudo? Haverá diversas respostas para este tipo de pergunta, porém o ser é sempre voltado para o amanhã. De certa maneira esperamos que amanhã este sentimento passe e que voltemos a nos distrair com as coisas intramundanas, de tal modo que tudo fique mais fácil. Ou seja, colocamos a nossa esperança em deixar de viver uma vida autêntica para viver uma vida irreal.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021


 ÁFRICA, A TERRA DE CONTRASTES

Certamente todo mundo já ouviu falar, leu sobre a biodiversidade, estudou seus aspectos sociais, culturais e econômicos deste continente fantástico conhecido como África. Sempre me senti interessado em descortinar este imenso continente, responsável pelo início da humanidade. Com o passar do tempo, entendemos que a África não pode ser vista apenas como uma região de fome, miséria, guerrilhas e conflitos locais. Essa é só uma das idéias errôneas que se tem do continente africano. Além disso, nem todos os africanos são negros. Da mesma forma que houve miscigenação de raças na América, devido às intensas migrações de europeus, a África também recebeu essas misturas. Fiz um sincronismo linguístico entre o poema e a canção "África" da banda de rock californiana "Toto", com o intuito de associar o pensamento poético à música que surpreendeu gerações e encanta seus ouvintes até hoje.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

A ESTRADA CONTINUA

A ESTRADA CONTINUA

O pensamento nostálgico tomou conta de muitas pessoas ao redor do mundo. Vivemos um ano atípico impulsionado por um desejo sentimental de retomada ao normal, mas o normal não volta mais. Tornou-se uma longínqua lembrança de um passado remoto. O personagem do filme O senhor dos anéis (Galadriel) criado pelo escritor britânico John Tolkien, fala sobre uma mudança no mundo que começa de forma sutil, mas tão significativa que afetava tudo ao redor. Aquela sensação de que algo está muito estranho, mas ninguém sabe dizer o que está acontecendo. Ela esclarece que muitas coisas que existiam foram perdidas de alguma forma e ninguém sabia explicar o porquê. “Como chegamos a esse ponto?” “O que aconteceu no meio do caminho?”. Conectando à ideia de continuidade por meio da estrada representado pelo poema "As estradas continuam sempre" de Tolkien, coloquei no final do vídeo uma música do compositor e cantor escocês Joe Egan para reacender as boas lembranças de momentos felizes e antigas relações sociais. Feliz Ano Novo para todos! e continuemos nas estradas da atividade reflexiva.

sábado, 26 de dezembro de 2020

A TIMIDEZ DAS ESTRELAS


POEMA DE CECÍLIA MEIRELES (TIMIDEZ) Basta-me um pequeno gesto, feito de longe e de leve, para que venhas comigo e eu para sempre te leve... - mas só esse eu não farei. Uma palavra caída das montanhas dos instantes desmancha todos os mares e une as terras mais distantes... - palavra que não direi. Para que tu me adivinhes, entre os ventos taciturnos, apago meus pensamentos, ponho vestidos noturnos, - que amargamente inventei. E, enquanto não me descobres, os mundos vão navegando nos ares certos do tempo, até não se sabe quando... - e um dia me acabarei.

sábado, 28 de novembro de 2020

 
PÁSSAROS FERIDOS

Somos pássaros feridos, sozinhos
Escondidos no ninho da ilusão
Nossas asas quebrantadas, inflamadas
Causa dor no coração.

Somos pássaros tristonhos, sem sonhos
Encolhidos na prisão
Nosso canto é de tristeza, sem beleza
Não conforta o coração.

Somos pássaros errantes, distantes
Da difícil perfeição
Nosso peito machucado, perfurado
Pela dor da solidão.

Somos pássaros feridos, sem destino
Presos ao alçapão
Nossas terras, quem pudera
Voarmos e tocar ao chão.

Somos pássaros sem vida, voz sofrida
Fora de estação
Abandonados na aurora, como outrora
Primavera sem verão.

Somos pássaros banidos, sem abrigo
Odiados sem razão
Somos pássaros feridos, sem amigos
Quase morto em extinção.

domingo, 22 de novembro de 2020

 O PARAÍSO DAS ÁGUAS

Das terras onde os mares servem de inspiração, participo do povo marcado por um passado de muitas lutas para se manter de pé.

Nasci nas Terras dos Marechais e Quilombolas em uma mistura de raças e tribos que mais parece um samba lelê no meio do cateretê.

Cercado por colinas e montanhas em todo seu território, ainda abriga os habitantes originários, vitimados pela inculturação de um grupo humano disposto a bater, explorar.

E o lado de quem só apanha não tem como se defender. Covardia daqueles que vieram de longe para tirar dos outros o direito de viver.

Prevalece a antiga arquitetura de cidades históricas cortadas por rios e riachos.

Mora no âmago da alma as aspirações e devaneios de gente resiliente.

Hospedo contrastes que não se harmonizam porque suas essências não combinam

Nunca me afeiçoei às doutrinas da pureza e das verdades dogmáticas. Prefiro o jeito como a inocência de uma criança brinca despreocupada mesmo que viva rodeada por pessoas ludibriadas ou sem importância.

Assim, descortinei a vida. Nos riscos dos tombos, na iminência de ser engolido pelo perigo. Não me apego as palavras, pois o que vale é o significado vivido por trás delas.

Solto palavras advindas de minhas experiências, dos meus contatos. Aqui dentro procuro expor o arranjo de simples melodias de mãos dadas com o frescor da serena sintonia.

Investigo a verdade no emaranhado dos fatos desconhecidos e não divulgados.

Procuro nos recônditos periféricos a luz resplandecente da humilde autonomia

Onde todos os que vivem no mundo da pluralidade

Respeitam conscientemente a imensa diversidade

Resguardo a saúde mental para não ser infectado pelo vírus penetrante da arrogância

Desvinculado de crenças começo a ver o que não via

Verdades prontas e acabadas servidas de bandeja aos que fogem por medo da sofrida e tenebrosa agonia

Criam condicionamentos e vínculos que não esperaria.

Tudo isso faz parte de um plano monstruosamente e misteriosamente estratégico de grande ousadia. 

domingo, 13 de setembro de 2020

NA SOMBRA - Uma odisséia moderna / IN SHADOW - A Modern Odyssey Animat...


                       In Shadow

Embarque em uma jornada visionária através do inconsciente fragmentado de nossos tempos modernos e enfrente a Sombra com coragem. Através da sombra para a luz.
“Nenhuma árvore, dizem, pode crescer até o céu, a menos que suas raízes cheguem ao inferno”.
-CG. Jung

  ALÉM DO HORIZONTE E todos disseram que além do horizonte há um mundo tranqüilo que todos esperam um dia encontrar.   E todos falaram canta...