O EFÊMERO E O ETERNO (THE EPHEMERAL AND THE ETERNAL)

O EFÊMERO E O ETERNO

Passar pelo complexo de múltiplos mundos Está sendo um verdadeiro aprendizado Somos o arquivo esquecido de nós mesmos Memórias e épocas de personagens vividos e finalizados. Não há tempo a perder quando já se sabe o que fazer Não há tempo a perder quando só se tem uma única chance para vencer Enquanto caminhamos por estas terras que em uma era distante foram celestes Caímos nos encantamentos dessa bolha de ilusão Vivências e propósitos foram selados Situados na fortaleza habitada por terráqueos Muitos fugiram dos padrões sociais implantados Responsáveis por suas próprias escolhas Experimentaram a sensação que a liberdade propicia Mesmo que seja de vez em quando ou a cada dia. Ao sair do ventre materno ocupamos uma máquina biológica frágil e limitada Adentramos no mundo das realidades fabricadas Se quer percebemos nos sinais de comunicação telepática A linguagem eficaz onde não cabem as palavras. É duro ter que enfrentar a triste situação De seres extraordinários viverem nesta infeliz separação Sorria, você está sendo monitorado É assim que me sinto em qualquer ocasião Quem quer viver eternamente nas mãos de quem só engana? Condicionados pelas malhas do discurso convincente Ofusca a visão espiritual diante do amplo leque de opções atraentes Interpreta personagens sem saber sua origem reluzente Onde anda aquele sonho de liberdade? E o que fazemos para não deixar passar essa oportunidade? Será que estamos lidando com isso de verdade? Quem não quer viver eternamente? Sem medo do ontem, querendo viver o hoje E não se preocupando com o amanhã? E, afinal, para quê tanta ganância se ninguém veio aqui para ficar?