Uma animação que aborda e propõem uma reflexão acerca da comunicação e troca humana nos tempos de modernidade líquida. A comunicação massificada, o uso e abuso das tecnologias móveis e apego e aprisionamento às mídias sociais e matérias produzidas pela Internet de forma geral.
O olhar de uma criança que não consegue se conectar, comunicar, vincular, trocar com os outros pois estes estão presos à aparelhos celulares e mídias - enxergam o mundo a partir do filtro virtual. Não é um vídeo contra a tecnologia, mas que contém uma série de imagens que fazem você pensar sobre o quanto a nossa sociedade está dependente do smartphone.
A tecnologia não deve ser demonizada porque pode ser útil para muita coisa, porque representa um recurso indispensável em diferentes áreas de trabalho e é um apoio prático na nossa vida cotidiana. Os problemas surgem quando o uso de smartphones e outras ferramentas tecnológicas nos leva ao afastamento da vida real, da comunicação real, olho no olho, e nos aliena em vez de nos ajudar a nos comunicar melhor uns com outros.
A música de Gary Jules, cantor e compositor norte-americano, basicamente tem o sentimento e o olhar de uma pessoa que se deu conta que foi arremessada no mundo e que reconhece que sua existência não tem nenhum sentido. Esta angústia faz com que o interlocutor busque o seu lugar no mundo, porém ele sabe que está sozinho e que nada poderá fazer com que as coisas mudem, pois este é um caminho que não tem volta.
Quando você descobre a solidão e o insignificado da vida, não há mais como se enganar com falsas promessas ou falsas ilusões. Sendo assim, existir não é mais do que um grande gracejo da vida. No meio de tanta ironia, suportar tantas mentiras e sobreviver é mais do que uma vitória.
Toda alegria e toda a tristeza de uma pessoa que está acorrentada dentro do sistema são falsas: não há alegria e nem tristeza autêntica, porém isto mesmo seus rostos são sem expressões verdadeiras. A dor fará com que questionemos a vida. Este é uma das grandes questões existencialistas: Se a vida é dor, porque continuamos a viver? Não seria mais fácil dar um basta em tudo? Haverá diversas respostas para este tipo de pergunta, porém o ser é sempre voltado para o amanhã. De certa maneira esperamos que amanhã este sentimento passe e que voltemos a nos distrair com as coisas intramundanas, de tal modo que tudo fique mais fácil. Ou seja, colocamos a nossa esperança em deixar de viver uma vida autêntica para viver uma vida irreal.